"Há sempre uma mulher à sua espera, com os olhos cheios de carinho e as mãos cheias de perdão."
Vinícius de Morais.

sábado, 20 de novembro de 2010

Bilateral



Duas estrelas azuis me olham da imensidão da tarde
Que arde. Como duas esferas de luz a contemplar o dia
Quantas toneladas de amor teu corpo suportará em verdade?
Quantas estrelas haverão de brilhar para mim em alegria?

Em teus seios que crescem para o sol repouso meu corpo
Como deposito meu sangue em teu ventre alinhado à constelação
de touro, em nítida sintonia com tuas estrelas oculares azuis
e imorais, no silêncio ensurdecedor que sucede o espasmo. 

Em teu colo hei de morrer a petite mort da plenitude
Em teu coração hei de beber o carinho que te dedico
Agora e pelo momento que estamos em virtude

Sem que peças ou que implores, te escravizo como sorte
De um claro amor profundo e azul. No momento em que
vivemos uma mesma vida e morremos uma mesma morte

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