“Vil desejo, saciado por inúmeros corpos de amantes sem rosto.”
BB
Que espírito habita na carne do teu rosto?
Que suspiros o breu da manhã permite identificar
Se na cavalheirice de qualquer dia o terno transforma-se
Em vil? Que tenro calor afaga os joelhos doloridos
Se os rostos são invisíveis?
Mas como podem ser inidentificáveis se a liquidez
Da alma viva espanta as vicissitudes da solidão?
O que aconteceria se a tristeza falasse mais alto que a alegria?
O que seria do dia?
E se crerem na solidão mais que na distância a se percorrer?
O que seria da esperança?
Como pode ser vil se a paixão mata os germes da intolerância?
E se o amor em longo prazo é servil?
O que aconteceria se a ilusão vencesse a realidade e
Os amantem acreditassem na tristeza de amar?
O que seria da alegria da poetisa?
Ela só poeta porque não grita a tristeza
Mas será que pode prevalecer a infelicidade,
Falando mais alto que o mar?
Pois trate de se cuidar, arrume dois dentes de alho,
Porque vem a tristeza querendo gritar
Prepare o protetor sonoro e o banho de arruda,
Se bem que, acho que a alegria do desejo fica.
Como poderia a tristeza falar mais alto, se é ela muda?
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