A poesia está por aí,
No sorriso do parente
Nos seios de uma mulher
No abraço de um amigo.
Numa estrela ascendente
No por do sol
Na prosa e no verso
Está em todos os lugares
E se transborda de repente
Faz o caminho inverso
Transparece em uma festa
Dá um pulinho de excitação
E acalma a alma.
A poesia é como Deus,
Tudo permeia.
Está no infinito palpitante
Onde dormem as estrelas,
E no coração de um pássaro.
A poesia está no problema social
No amor carnal
No futebol
A poesia revela-se aos homens
Como uma flor
Delicada, de beleza inigualável,
Que quase sempre passa despercebida
A poesia aflora do feto abortado
E do afeto de quem chora
A morte do filho que não nasceu
A poesia abençoa as mentes geniais
Das favelas
E perdoa os tolos
Em toda sua ingratidão.
A poesia cheira a sexo
Palpitada de euforia
E choro
A poesia é sutil como a nuvem
Na esperança de um dia
Tornar-se alegria
É ela onipotente e onipresente
Sempre existiu e sempre existirá
Onisciente
Não tem início ou fim
Afinal,
Como todos sabem
O sábio já dizia
E os cientistas reiteram,
O Universo foi criado
A partir da Poesia
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