Teus olhos errantes me dizem qualquer coisa sem sentido
Tua santidade depravada me espanta
Mas encanta, enquanto cantas o canto das sereias virgens
Dos mares eternos. E cantas, e cantas, e cantas.
Cantas como quem morresse ou quem amasse
Cantas como quem desperta da tumba das memórias.
Que afagas como a um cão despido de lembranças.
E agarras as mãos dos vivos como se soubesses a arte
De amar, de cantar, de sofrer, de chorar
Todos os dias
Por alguém que é o que não foi um dia
Que foste o que não podes ser
Um dia.
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